quinta-feira, setembro 28, 2006

Falar demais...

Um dos meus maiores problemas é “falar demais”…tenho que aprender de uma vez por todas que há coisas que não se verbalizam simplesmente porque além de não interessarem a ninguém a não ser a nós próprios, são para quem nos rodeia, incompreensíveis. O que acontece quando teimamos em “falar” é enrolarmo-nos em explicações que a certa altura já nem para nós fazem sentido (perdendo por completo o ponto de partida) e acabarmos mais deprimidos que no início da conversa porque sentimos que não estamos a passar a mensagem. Isto não acontece por culpa de ninguém. Acontece porque somos todos demasiado diferentes e reagimos às coisas de forma diferente. Assim, quando até estamos a falar de alguma coisa que à partida não iria adquirir grande significado, vemo-nos de repente confrontados com tristeza, ou confusão, ou sentimentalismos exacerbados desencadeados por uma qualquer palavra que nos foi dita (claro que isto pressupõe que a nossa natureza seja logo para começar, “sentimentalóide”).
Tem graça…aos poucos vou-me apercebendo de uma coisa…sei o que tenho e o que não tenho…e julgo saber o que não poderei ter…e quando converso apenas comigo vejo tudo com mais clareza e as minhas maiores dúvidas desaparecem…e este fenómeno é novo para mim…Eu estou mesmo a conseguir ver melhor dentro de mim e comigo…porque isto nunca me aconteceu desta forma. A solução para muitas das questões metafísicas que me “atormentam” é apresentar as situações de uma forma mais gráfica (a quem me é próximo….), ouvindo opiniões (claro), mas nunca dissecando em demasia…Eu não estou dentro da cabeça de ninguém e ninguém consegue entrar na minha, tão simples quanto isto!

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